Serge Moscovici
Serge Moscovici foi um psicólogo social nascido em 1925 na Romênia dentro de uma família judia que se mudava frequentemente em meio a perseguições anti-semitas. Membro de um partido comunista, foi prisioneiro de um campo de trabalho em 1944. Durante esse tempo interessou-se pela obra de Baruch Spinoza e René Descartes e através delas aprendeu sozinho o francês e a filosofia. Em 1948 migra para a França onde se naturaliza em meio a um período de desilusão com o partido comunista. Adentrou no estudo da Psicologia na Universidade de Paris.
Moscovici pensou na Teoria das Representações Sociais sem ter tido contato com a psicologia social cognitiva ou a abordagem sociológica das representações coletivas. Essa ausência de compromisso com estudos anteriores reflete nas concepções inovadoras apresentadas por ele. Moscovici pensa na representação como sendo um processo que intercambiava a percepção e o conceito, rompendo com a psicologia clássica que pensava nela como uma instância intermediária entre os dois movimentos (SÁ, 2015). Sua tese, apresentada em 1961, orientada por Daniel Lagache explorou as representações sociais da psicanálise. Na mesma década, foi convidado pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton nos Estados Unidos da América (EUA) para lecionar. Também trabalhou na Universidade de Stanford e na Universidade de Yale, ambas nos EUA, antes de retornar para Paris.
Na sua perspectiva, era impossível fazer psicologia social apenas com a psicologia. Assim, ele buscou dialogar com outros saberes, como a antropologia, a sociologia e a história. Essa comunicação com outras esferas renovou a psicologia e consolidou Moscovici como um dos principais autores no âmbito da psicologia social (SÁ, 2015). Serge Moscovici morreu em Paris em 16 de novembro de 2014.






Principais Obras
  • La psychanalyse, son image, son public, University Presses of France, 1961/1976
  • Reconversion industrielle et changements sociaux. Un exemple: la chapellerie dans l'Aude, Armand Colin, 1961
  • L’expérience du mouvement. Jean-Baptiste Baliani, disciple et critique de Galilée, Hermann, 1967
  • Essai sur l’histoire humaine de la nature, Flammarion, 1968/1977
  • La société contre nature, Union Générale d’éditions, 1972 / Seuil, 1994
  • Hommes domestiques et hommes sauvages, Union Générale d’éditions, 1974
  • Social influence and social change, Academic Press, 1976.
  • Psychologie des minorités actives, University Presses of France, 1979
  • L'Age des foules: un traité historique de psychologie des masses, Fayard, 1981
  • La Machine à faire les dieux, Fayard, 1988
  • Chronique des années égarées: récit autobiographique, Stock, 1997
  • Social Representations: Explorations in Social Psychology, Polity Press, 2000
  • De la Nature. Pour penser l'écologie, Métailié, 2002
  • Réenchanter la nature. Entretiens avec Pascal Dibie, Aube, 2002.








Referências Bibliográficas
SÁ, Celso Pereira de. Uma homenagem póstuma a Serge Moscovici. Disponível em: https://ripehp.com/2015/03/06/uma-homenagem-postuma-a-serge-moscovici/ Acesso em: 06 de junho de 2018.
SOLANO, Karla. Biografia Serge Moscovici. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/55765678/Biografia-Serge-Moscovici Acesso em: 06 de junho de 2018.

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